A estiagem severa que atinge grande parte do sertão baiano há vários meses tem levado um número crescente de prefeituras a decretarem situação de emergência. Nesta sexta-feira (16), mais alguns municípios da região oficializaram o decreto, somando-se a outras dezenas de cidades que já enfrentam graves consequências devido à falta de chuvas. A principal preocupação é com o abastecimento de água para consumo humano e animal, além da perda generalizada das lavouras de subsistência.
Os decretos de emergência permitem que as prefeituras acessem recursos estaduais e federais de forma mais ágil para implementar medidas paliativas, como a contratação de carros-pipa, a perfuração de poços artesianos e a distribuição de cestas básicas para as famílias mais afetadas. Relatos de agricultores e criadores são desoladores: reservatórios secos, pastagens inexistentes e rebanhos inteiros ameaçados pela fome e sede. “Nunca vimos uma seca tão forte e prolongada como esta nos últimos anos. Perdemos toda a nossa plantação e os animais estão sofrendo muito”, lamentou um pequeno produtor de uma das localidades atingidas.